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Cada Um Só Pode Dar o Que Tem

“A mesma glória que Me deste Eu dei a eles.” (João 17:23a – A Mensagem)


“ O homem bom do bom tesouro do coração tira o bem, mas o mau do mau tesouro tira o mal, porque a boca fala do que está cheio o coração” (Lucas 6:45 – Revista e Atualizada)


Existe um dito popular que afirma que “ninguém pode dar o que não tem”


. Mais do que sabedoria popular, esta frase reflete um princípio escriturístico. Primeiramente precisamos receber, para depois compartilhar.


Os dois versículos que abrem este post são falas de Jesus, mas este ensinamento já aparece logo em Seu discurso, na oração do Pai Nosso. Somos perdoados pelo Pai, e por isso devemos retribuir este perdão perdoando a outros que nos magoam, afrontam, ferem, caluniam. (Mt. 6:12) Este é o ensinamento encontrado na parábola contada por Jesus em Mateus 18:23-35. Um homem que possuía uma grande dívida com um certo senhor. Este senhor decide perdoar a grande dívida daquele homem, mas em seguida, este não passou o perdão recebido para frente, e quis cobrar impiedosamente uma outra pessoa que lhe devia uma quantia muito menor do que a que ele mesmo homem devia ao senhor.


O princípio do Reino ensinado por Jesus nesta parábola é: Perdão recebido, perdão compartilhado. Não que a outra pessoa mereça o perdão. Mas passamos a perdoar porque sabemos o valor do perdão, experimentamos em nossa própria vida. E assim com todas as coisas da nossa existência. Tudo que fazemos para Deus é uma resposta. Nada parte de nós mesmos, mas encontra o seu começo em Deus, o gerador de todas as coisas do Universo, a fonte de toda a vida.


Certo teólogo disse que se princípio criou Deus, como afirma Gênesis 1:1, tudo que fazemos é uma resposta a este ato criativo do Senhor. O apóstolo João nos ensina que nós O amamos, porque Ele nos amou primeiro. (1 João 4:19). Nosso amor a Deus também só é possível, porque Ele nos encheu com Seu amor.


Uma pessoa que não nasceu de novo pode justificar sua falta de amor ao próximo, mesmo que isso não seja regra geral, ao dizer que não recebeu amor de seus pais, ou de seus amigos, etc., pois não “aprendeu” o amor. Já um nascido de novo não tem mais esse direito. Mesmo que ele ou ela não tenha recebido amor de quem deveria, o Pai Celestial o ama, e ele já sabe desse fato, e por isso tem dentro de si a capacidade de dar amor ao próximo.


O novo nascimento troca a essência de nossa natureza e nos capacita a começarmos a compartilhar e a dar o que não tínhamos em nossa natureza carnal. O mau tesouro, pela ação do Espírito, é transformado em bom tesouro. Recebemos o Espírito através de Cristo e por isso, um cristão verdadeiramente nascido de novo tem os frutos do Espírito crescendo dentro de si. Como fruto, o Espírito faz crescer o amor, a paciência, o domínio próprio entre outras coisas, dentro de nós de forma natural.


Recebemos de Cristo e compartilhamos com outros. O próprio Jesus disse que entregou a nós a glória que recebeu do Pai. Cristo entregou Sua vida por nós e por isso devemos entregar nossas vidas a Ele para servi-Lo. O apóstolo Paulo em sua conhecida exposição sobre a Ceia disse: “Porque o que recebi do Senhor também vos entreguei.” (1 Coríntios 11:23). Aí é que está o segredo!


Uma pessoa que não conhece a Cristo, que ainda não permitiu o agir regenerador do Espírito em sua vida, ainda tem um “mau tesouro” em seu coração, mesmo que aja por certas vezes com bondade e generosidade, pela graça de Deus.


Já um cristão, pela obra do Consolador, tem dentro de si o “bom tesouro”. E é nossa tarefa aprendermos a não agir mais de acordo com as regras do “mau tesouro”. Dentro dos cristãos, esses tesouros lutam entre si, brigam, e através da renovação da mente pela Palavra, através da santificação, aprendemos a “realizar saques”, mais no “bom tesouro” do que no mau.


E aí, como novas criaturas, poderemos repartir amor, perdão, graça, misericórdia, domínio próprio, hospitalidade, gratidão, porque é isto que temos recebido do Senhor.

Em Cristo,

Renato

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